Quando temos coragem, temos a habilidade de controlar nosso medo diante de uma situação perigosa ou difícil. Temos, assim, a habilidade de fazer algo que, de certa forma, nos apavora. Quando agimos dessa forma, sentimos que a coragem nos move e quase já não somos uma pessoa comum, mas um bravo guerreiro ou guerreira que enfrenta um campo de batalha povoado com seus piores inimigos ou pesadelos. A etimologia, mais uma vez, nos inspira a entendermos melhor essa palavra. Sua origem é o termo “coraticum”, formado por “cor” (coração) e “aticum” (agir). Em latim, “Cor” também significa não apenas o coração físico, mas o seu sentido metafórico, um pouco mais amplo do que concebemos hoje. Para nossos antepassados latinos, o coração era a morada não apenas das emoções, mas dos pensamentos, da vontade e da inteligência. Assim, em sua acepção original, “coragem” envolvia pensamento e inteligência, características que, muitas vezes, não relacionamos com a bravura presente nos atos de coragem, que nos parecem muito mais impulsivos que racionais. Ter coragem é ter, portanto, a possibilidade de agir a partir da união potente entre sentimentos e pensamentos. Que essa união flamejante ocorra em seu coração, deixando-o pleno de coragem, de felicidade e de vida!